terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Eu não acreditava, ou talvez não quisesse acreditar, que algumas pessoas trocavam momentos verdadeiros e puros por algo não concreto, algo que não existia e ninguém saberia se seria melhor ou não. Não entrava na minha cabeça que a vida de alguns eram vidinhas idiotas e que ilusões do exterior fossem as coisas melhores que podiam ser vividas. Eu me contentava com meu quarto, minha bebida, meus cigarros, música e livros. Gostava de ler, gostava de escrever, mesmo que minha vida não fosse um conto de um viajante de Hollywood, ou de um viajante espacial, eu era feliz e fazia meu dia se tornar o melhor possível. Esperava pouca coisa do futuro, não tinha tantas expectativas, mas vivia bem. Dormia tarde da noite escrevendo e me tornando mais insano, eu não acreditava que momentos felizes fossem para sempre, eu acreditava que tudo era passageiro, talvez pessoas conseguissem mais tempo sendo felizes antes de ficarem incrivelmente tristes, mas eu me perguntava o porquê de que comigo o tempo parecia voar quando eu estava feliz, talvez eu tivesse nascido com algum tipo de azar encrustado, talvez eu devesse pagar alguma coisa, não sei. Mas já estava acostumado com esse tipo de reviravolta na minha vida, então apenas aceitei.

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